Decidi parar uns minutinhos dessa manhã nublada de domingo para expor algumas reflexões não somente minhas, mas do meu marido também. Aliás, não raro o tema faz parte do nosso café da manhã aqui em Araras, interior de São Paulo.
Eu dei um tempo de fazer Lives no Facebook falando de relacionamento - expatriação - repatriação porque no fim a pessoa ouve o que quer e assimila o que convém.
Sim! Depois que assumimos nossa postura como empresa - porque é o que somos - o pessoal que nos contatava para desabafar suas "histórias de amor virtual impossível ou possível com o turco - aşkım - amor-da-vida" passou a fazer uma abordagem meio diferente:
- entra em contato para perguntar sobre qualquer serviço que oferecemos ( curso, viagem, etc.) e vem com o jargão "já que eu estou falando com você deixa eu:"
- te perguntar uma coisa que não tem nada a ver com qualquer coisa que a gente faça mas que tem a ver com o relacionamento com o turco;
- dividir um segredo: o tal do turco virtual.
Sabemos que existem muitas pessoas vivendo relações virtuais não somente com turcos mas com outras nacionalidades e brasileiros também. Eu não condeno isso não. Mas um ponto em comum nos exemplos citados acima é o grau de angústia explícito no relato, tom de voz e até no rosto dessas pessoas.
E para coroar esse cenário há aquelas ( até hoje não recebemos contato masculino nesse contexto) que querem justificar a situação incerta-angustiante-motivo de chacota das amigas querendo comparar a minha relação com o Mustafa ( tipo, 7 anos de casamento REAL) com a história delas.
EU não tive namoro virtual com o Mustafa. A gente começou a namorar depois de uma semana de convivência como amigos. Mas volto a dizer: não condeno quem namora pela internet.
O preocupante é o sofrimento que muitas dessas pessoas estão trazendo para si!
Depressão, angústia, prejuízo financeiro ... isolamento. A lista de efeitos colaterais é longa quando essa relação virtual não dá sinais de que vá se concretizar.
Olhando de fora: fotos e juras de amor.
Mas olhando de perto: insegurança, ciúmes, medo, ansiedade, tristeza, preconceito.
E regue tudo isso com muito Google Tradutor.
Noites em claro, recusa aos convites dos amigos ... a vida passa e a pessoa lá na frente da telinha para falar com o aşkım.
E daí temos muitas possibilidades:
- Isso se arrastar por anos a fio e a pessoa entrar num estado crônico de depressão, em diversos níveis;
- De repente a relação virtual acabar e a pessoa cair no abismo do vazio da alma;
- Os dois finalmente se encontrarem - seja no Brasil ou na Turquia.
E daí temos um outro capítulo dessa história: pode dar certo ou não.
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A verdadeira jornada se inicia depois do altar... |
Sempre disse em minhas LIVES que casamento a gente faz dar certo todos os dias. Se já não é fácil entre dois brasileiros pense você entre duas pessoas de culturas muito diferentes e adicione uma pitada de desemprego.
Na maioria dos casos um dos dois se muda pro país do(a) amado(a) deixando tudo para trás, inclusive o emprego. Eu - como workaholic que sou - sofri muito até começar a ganhar meu dim dim em terras turcas. "Meu nome é TRABALHO e meu sobrenome é HORA EXTRA" sempre foi meu jargão pessoal. Meu marido não arrumou trabalho pra mim: através de networking que eu mesma fui à luta em desenvolver eu consegui montar 2 turmas de alunos de Português e houve mês que tirei 3 vezes o salário do meu marido lá na Turquia. Tudo isso na base de noites de estudo e muita pesquisa na internet e conversar com muita gente, em turco lógico.
Mas eu sei que nem todo mundo tem esse espírito empreendedor e foca apenas em "encontrar uma empresa que me contrate", como se essa fosse a única forma de ganhar dinheiro através de trabalho honesto.
Morar fora ou receber o estrangeiro como cônjuge é algo que dá trabalho pra car*#$0} !, as coisas não se resolvem por si só e você tem que ir à luta. Às vezes até abrir uma conta no banco vira dor de cabeça ... acredite. O melhor a fazer é você obter informação sobre o procedimento antes de ir no lugar - no caso do exemplo, o banco - e orientar o gerente mostrando que você sabe o que está falando por A + B. Vivenciei muito isso aqui no Brasil com o Mustafa, e ele comigo lá na Turquia.
Mas o que eu mais vejo é gente buscando soluções em grupos do Facebook, obtem a resposta errada para seus problemas e/ou muitas vezes quer que outra pessoa o problema pra ela.
Tenha em mente que nada vai cair no seu colo, esteja você NA TURQUIA ou ele NO BRASIL.
Um pouco da nossa história de EMPREENDEDORISMO
- que não foi nada fácil
Quando nos mudamos para o Brasil o meu maior medo era ficar sem trabalho - e meu marido também. Dois desempregados que iam começar a vida do zero no Brasil.
Mandei meu currículo pra tudo quanto é vaga e ... nenhum telefonema.
Então começamos a fazer artesanato - eu havia aprendido com meu pai e passei a fornecer as peças como Joia do Oriente, o logo e o cartão são arte minha:
Eu tinha que colocar todas as minhas habilidades para a nossa sobrevivência e tinha que treinar meu marido, ajudá-lo psicologicamente falando ( havíamos perdido tudo por causa do irmão dele) e reconstruir nossas vidas.
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Pingentes para diversas ocasiões |
Um certo dia meu pai - por conta de birra e uma discussão em família - resolve tirar todo o material de casa - e consequentemente nosso ganha-pão - mas eu não temi porque creio em Deus e que Ele sempre ampara quem é honesto e que nEle crê, e graças a Ele horas depois a Aline Oliveira fez uma propaganda nossa no canal que ela mantinha sobre Turquia e muitas pessoas entraram em contato com o Mustafa - que tinha um único aluno, que era o professor de Português dele.
E assim nascia o nosso negócio:
Hoje, quem vê muitas vezes acha que é fácil. Já tive aluno me ligando pra avisar do concorrente correndo atrás pra roubar o aluno e enviar um contrato e-x-a-t-a-m-e-n-t-e igual ao nosso. Copiar o modelo de negócio é fácil. Outra coisa é ter know-how.
Deus e meu marido são testemunhas de todos os detalhes dessa caminhada que é uma mistura de uma história de amor e empreendedorismo. Essa semana o cônsul da Turquia ligou aqui para saber quem éramos - acho que nossa presença na internet está forte, fruto de muita noite em claro e da confiança de nossos alunos e clientes, que são a razão de tudo isso.
Lembra-se que comecei esse textão falando da relação virtual e encerrei ele comentando da luta que é na vida real. E isso que eu nem coloquei um monte de detalhes aqui como saudades de casa, diferenças religiosas, desafios do idioma, etc.
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vida na Turquia, diferença entre turcos e curdos, choque cultural de
brasileiros que moram na Turquia ou turcos que moram no Brasil, etc. Na
consultoria podemos dar direcionamento para encontrar as respostas que
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Lembre-se: se a sua história de amor é séria mesmo, você deve aprender o idioma dele o quanto antes. Mas se vocês apenas estiverem brincando na internet esse curso não é pra você, não é mesmo?
Beijos e boa sorte para vocês dois.
Uma brasileira meio turca, um turco meio brasileiro. Essa é a nossa fórmula - ao menos deu certo pra gente ;)