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sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Como eu convenci meu marido que ir ao dentista é um mal necessário

Olá, pessoal!

Este é um assunto que vira e mexe é debatido nos diversos grupos sobre Turquia que existem no Facebook. O fato é que boa parte dos turcos prefere extrair um dente à tratá-lo, e muitos são os que ficam com o buraco no sorriso.

Meu marido estava com um sorriso desses no dia do nosso casamento:



Formado em Administração de Empresas pela Universidade de Eskişehir, com experiência internacional (ficou um ano na Austrália estudando inglês) e tantos outros predicados ... meu marido, como tantos turcos e turcas foge do estereótipo que faz parte do nosso imaginário: de que desdentados são pessoas sem recursos financeiros e de baixa instrução!

Questionando este fato com outras turcas, uma delas (esposa de um turco que trabalha numa multinacional e que vez ou outra muda de país com ela por causa do trabalho) admitiu, encabulada que tinha "dois faltando no fundo".

Convenci meu marido a colocar um implante alegando que a minha família estava questionando se ele tinha condições de me sustentar (balela, mas eu tinha que fazer algo para convencê-lo a se submeter ao procedimento).

Dias atrás, enquanto ele estava dando aula de turco, percebi um amarelado no sorriso dele. Na hora passei a mão no telefone e marquei consulta com o meu dentista, o Dr. Kaue Pavanello . Nem perguntei se ele queria ir ou não. Como se fosse sua secretária (e sou!) apenas informei o compromisso do final da tarde:

- Você tem uma consulta com o dentista às 18h.
- Eu?
- Sim, você. Você está com o dente amarelado, e isso não é bom.

E eis que meu marido, como muitos turcos que não incluem uma visita ao dentista no calendário anual - sei que a maioria de nós, brasileiros, faz o mesmo! - se rendeu aos cuidados do Dr. Kaue, num ambiente confortável com TV a cabo pra distrair o paciente enquanto passa pelos procedimentos necessários:







"- O colega turco fez um excelente trabalho!" - comentou o dentista ao avaliar as restaurações feitas anteriormente na Turquia.

Moral deste post: conscientização é algo que se faz com argumento, aos poucos, convencendo mais pelo exemplo do que pelas palavras. Tentar persuadir o outro no grito ou pela força é garantia de problemas dentro da relação.

Uma frase que ouvi no filme "Casamento Grego" que me marcou muito foi "o homem pode ser a cabeça da relação, mas a mulher é o pescoço e o pescoço vira a cabeça pro lado que quiser!"


Beijo da Luci!