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terça-feira, 1 de janeiro de 2019

Mais um ano se passou e o ciclo de "Turquetes" se renova

Muito bem, muito bem ...
Talvez o título cause espanto afinal de contas eu sou casada com turco - e feliz - por 7 anos e se Deus permitir esse ano de 2019 será o nosso oitavo ano de matrimônio. Mas no título eu me refiro àquelas que entram numa relação que só está acontecendo na cabeça delas, independente deles terem se conhecido pessoalmente ou dele tê-la apresentado para toda a família via cam.
Nesse ano de 2018 que acabou ontem muita gente me relatou história como essa, e tantas outras ouvi da boca de terceiros ( apesar da política da nossa empresa em "não nos envolvermos nos assuntos pessoais de quem nos contata, imagino se déssemos oficialmente abertura para tanto).
Diferentemente de uma relação com começo-meio-e-fim que por uma razão não deu certo as histórias de brasileiras que se sacríficaram juntando o que não tinham, degladiando contra tudo e todos em nome do amor turco que "é sim verdadeiro"( ao menos online ) quando chegam ao fim por uma razão qualquer carregam um gosto de "ser passada pra trás" muito mais amargo do que num relacionamento, digamos, convencional.
Por que?
Porque nesse momento cai a ficha de que a história dos dois nunca tivera início, nem meio ... apenas o fim mesmo.
Fim de algo que nunca teve começo ...
É como chorar o luto de alguém que sequer nunca foi gerado.
Como "digerir"algo assim? E junte a isso o coro daqueles que eram contra.
Pesado demais.
Eu não sou contra quem começa a namorar pela internet ( quem sou eu?) mas vejo muitas moças e mulheres brasileiras "se jogando literalmente de cabeça" naquilo que consideram "ser um relacionamento", fundamentado em muitas caras e bocas, emoticons e Google Tradutor.
Será que cautela saiu de moda mesmo nesse jogo amoroso virtual?
A cada ano se formam mais e mais casais de brasileiras e turcos , e isso dá esperança à quem procura o príncipe encantado com a cara do Tarkan ou do Engin, mas vale lembrar que em tempos de Redes Sociais + uma epidemia de narcisismo boa parte das selfies dos apaixonados é de fachada mesmo porque em muitos casos eles nem se conhecem direito uma vez que nem se conversam olhando nos olhos - uns 20 anos atrás li num livro sobre semiótica que a linguagem corporal também é parte importante da comunicação.
Eu desejo que em 2019 mais gente encontre seu verdadeiro amor ao invés de sofrimento ou pior, ao invés de ruína financeira ou risco físico por conta de alguma decisão estúpida.
Beijos da Lucy