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domingo, 8 de novembro de 2015

Um turco, dois sírios - treta ou amizade?

Olá pessoal,

Existem diversos blogs e vlogs sobre Turquia, turco, amor turco e correlatos, cada um usando a liberdade de expressão como convém, como dever ser e às vezes como não se deve.

Num destes eu ouvi a moça (brasileira) afirmar categoricamente que turcos e sírios se odeiam. E ponto.

Mas onde há amor há esperança e onde houver esses dois elementos há a mão de Deus operando. E ontem eu vi isso acontecer, em nossa terra abençoada chamada Brasil (como todos sabem, Deus é brasileiro, oras....rs).

Nossa pátria como grande mãe que é recebe e acolhe (do seu jeito) os filhos de sua terra e de terras longínquas. Aqui os conflitos, as diferenças, as rusgaz não encontram solo fértil para continuarem.

E ontem, numa loja de cortinas cujo dono se tornou nosso camarada eu me vi numa cena digna de ter sido filmada e virar postagem no youtube, que já anda tão cheio de notícia ruim.

Resolvi fazer um intervalo no trabalho (aqui praticamente é 24x7, ou quase isso) e falei para o meu marido irmos comer doces na Lapa, num lugar ao lado da loja de cortinas Casa Bela - cujo dono de conhecido está ficando mais próximo a cada visita nossa.

Sr. Badhiá é um jovem sírio de pele queimada, casado com uma brasileira, que já está por essas bandas há 12 anos. Falando gírias e expressões em nossa língua - com um pouco de sotaque - é praticamente um brasileiro na minha opinião. Meu marido ainda não fala tão bem português mas os dois estavam lá se esforçando em entender um ao outro.

Clientes entraram, sr. Badhiá foi atendê-los e eis que chega mais um "brima" - digo, cunhado do nosso amigo, o sr. Hasan  - este há 2 anos aqui fala português mais ou menos como o meu marido.

Lembrando que turcos falam o idioma turco e árabes falam o idioma árabe, que não têm nada a ver um com o outro.

E por isso o sr. Hasan engatou uma conversa sobre o Oriente Médio, política e tals em inglês com o meu marido.

E depois o sr. Badhiá retorna e participa da conversa, com o cunhado traduzindo, ou às vezes eu traduzindo para o português, pois ele não falava inglês

E assim me deparei com aquela cena: um turco muçulmano, dois sírios cristãos, respeito mútuo, amizade, risadas e um papo descontraído.

Isso me faz ter esperança num mundo melhor.

O post foi somente para derrubar alguns esteriótipos. Mas o meu próximo desafio é levar meu marido numa loja de sapatos cujo dono é um Armênio.


Eu acredito num mundo melhor, e você?







Beijos da Luci



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